segunda-feira, 30 de setembro de 2013

O velho e o baú

O velho e o baú.
Um homem, viúvo e idoso, vivia sozinho. Mesmo tendo trabalhado muito durante sua vida, agora já não podia trabalhar mais e o dinheiro estava no fim. Tinha três filhos homens, mas, já casados, estavam ocupados demais com suas famílias e quase não tinham tempo para visitá-lo. Sentia-se cada vez mais fraco e as visitas dos filhos eram cada vez mais espaçadas. “Eles não querem que eu me converta num peso para eles” – pensava.
Certa noite, preocupado pelo seu futuro, teve uma idéia. Na manhã seguinte chamou um amigo carpinteiro, e pediu-lhe que lhe fizesse um baú imitando os antigos baús de tesouro, com uma fechadura também de estilo antigo. Depois foi visitar outro velho amigo que era vidreiro e lhe pediu todos os pedaços de vidro que não lhe servissem. O ancião quebrou mais ainda os pedaços de vidro, encheu o baú com eles, fechou-o e o colocou no fundo do armário da cozinha onde guardava pratos, talheres, etc…
Um dia, em que seus filhos vieram jantar com ele, quando o ajudavam a pôr a mesa, descobriram o baú e lhe perguntaram:
- O que há neste baú?
- Nada – respondeu. – Apenas umas coisinhas que andei economizando…
Depois da janta, ao ajudarem o pai a recolher a mesa, perceberam que o baú era muito pesado e que ao mexer com ele se ouvia um barulhinho como de moedas.
- Deve estar cheio de moedas que foi economizando durante muitos anos – murmuraram entre si.
Decidiram, então, que deveriam vigiar aquele baú e para isso se organizaram para que cada semana um dos irmãos fosse viver com o pai, dessa maneira também poderiam cuidar dele. Na primeira semana ficou com ele o filho mais novo, na semana seguinte foi a vez do filho do meio e assim por diante, continuando assim por bastante tempo.
Finalmente, o pai adoeceu gravemente e morreu. Os filhos organizaram um belo enterro, pois sabiam que os esperava uma fortuna no baú do armário da cozinha, que compensaria todo aquele gasto.
Depois do enterro, os três irmãos procuram por toda a casa, a chave do baú e quando a acharam, abriram-no e descobriram que estava cheio de cacos de vidro.
- Que trapaça tão feia! – exclamou o filho mais velho.
- Eu não diria que foi tão feia assim, mas, ao contrário, uma bela trapaça – corrigiu o segundo filho. – Francamente, se não tivesse feito isso, não teríamos cuidado dele até o fim de sua vida, como fizemos…
O filho mais novo sentia-se muito triste:
- Estou envergonhado – disse. – Obrigamos nosso pai a fazer essa trapaça, porque não o tratamos como ele nos ensinou quando ainda éramos crianças…
Então,o filho mais velho esvaziou o baú no chão, para ter certeza de que não continha nenhum objeto de valor. Mas, no fundo do baú havia uma inscrição:
“Quinto mandamento: honrar pai e mãe”

domingo, 29 de setembro de 2013

O dia em que o filho chorou

Rodrigo, 34 anos, depois de muito tempo sem visitar o velho pai, resolveu passear com ele. Foram para um parque da cidade e resolveram sentar em um banco da praça.
Enquanto Rodrigo lia seu jornal, seu pai observava a natureza com os olhos cansados de um homem de 81 anos. De repente, diante de um movimento nas árvores, o pai de Rodrigo, seu Orlando, pergunta:
– Filho, o que é aquilo?
Rodrigo afasta por um segundo o jornal e responde:
– É um pássaro, pai…
O velho pai continua acompanhando o movimento do passarinho e, novamente, pergunta:
– O que é aquilo?
Estressado, Rodrigo responde de forma ríspida:
– Poxa! Já falei… Aquilo é um pássaro!!!
Passados alguns segundos, seu Orlando torna a perguntar, apontando para o passarinho:
– O que é aquilo?
Desta vez, o filho explode com sua paciência esgotada, gritando com o próprio pai:
– O senhor está caduco, surdo? Já falei aquilo é um pássaro. P á s s a r o!!! Entendeu???
Nisso, o velho pai faz um sinal pedindo para o filho aguardar. Levanta-se, tira da bolsa uma espécie de diário e pede ao filho para ler em voz alta um trecho escrito há muitos anos:
“Ontem, meu filho, agora com três aninhos, perguntou-me 26 vezes o que era aquilo voando de uma árvore para outra e lhe respondi todas as vezes, com muita paciência, tratar-se de um pássaro. E, em todas as vezes, abracei meu filhinho, orgulhoso e cheio de amor.”
O filho não foi capaz de conter as lágrimas e chorou copiosamente durante alguns instantes.
1 – Você só aprende a ser filho, quando se torna pai.
2 – Você só aprende a ser pai, quando se torna vô.
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Muitas vezes não temos paciência com nossos pais, achando que eles são chatos, velhos demais e só querem atrapalhar nossa vida. Esquecemos que foram eles que nos orientaram, educaram, socorreram, investindo todo seu tempo, paciência e amor para que pudéssemos, um dia, ser pessoas de bem. E hoje não temos tempo e paciência para com eles.


Honra a teu pai e a tua mãe, que é o primeiro mandamento com promessa;
Efésios 6:2

sábado, 28 de setembro de 2013

Os olhos de quem vê



Um dia, um pai de família rica, grande empresário, levou seu filho para viajar até um lugarejo com o firme propósito de mostrar-lhe o quanto as pessoas podem ser pobres. Seu objetivo era convencer o filho da necessidade de valorizar os bens materiais que possuía, seu status e prestígio social. O pai queria desde cedo passar esses valores para seu herdeiro.
Eles ficaram um dia e uma noite numa pequena casa de taipa, de um morador da fazenda de seu primo.
Quando retornavam da viagem, o pai perguntou ao filho:
– E aí filhão, como foi a viagem para você?
– Muito boa, papai.
– Você viu a diferença entre viver na riqueza e viver na pobreza?
– Sim pai… – Retrucou o filho, pensativamente.
– E o que você aprendeu com tudo o que viu naquele lugar tão pobre?
O menino respondeu:
– É pai, pude ver muitas coisas…
Vi que nós temos só um cachorro em casa, enquanto eles têm quatro. Nós temos uma piscina que alcança metade do jardim, e eles têm um riacho sem fim.
Nós temos uma varanda coberta e iluminada com lâmpadas fluorescentes e eles têm as estrelas e a lua no céu.
Nosso quintal vai até o portão de entrada e eles têm uma floresta inteirinha. Nós temos alguns canários numa gaiola e eles têm todas as aves que a natureza pode oferecer-lhes, soltas!
O filho suspirou e continuou:
– E além do mais, papai, observei que eles oram antes de qualquer refeição, enquanto nós sentamos à mesa e falamos de negócios e eventos sociais. Então comemos, empurramos o prato e pronto!
No quarto onde fui dormir com o Tonho, passei vergonha, pois não sabia sequer orar, enquanto ele se ajoelhou e agradeceu a Deus por tudo, inclusive por nossa visita. Lá em casa, vamos para o quarto, deitamos, assistimos TV e dormimos.
Outra coisa papai, eu dormi na rede do Tonho e ele dormiu no chão, pois não havia rede para cada um de nós. Na nossa casa, colocamos nossa empregada para dormir naquele quarto onde guardamos entulho, apesar de termos camas macias e cheirosas sobrando.
Conforme o garoto falava, o pai ficava constrangido, enrubescido e envergonhado. O filho, em sua sábia ingenuidade e brilhante desabafo, abraçou o pai e ainda acrescentou:
– Obrigado papai, por ter me mostrado o quanto somos pobres!
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Não é o que você tem, o que faz ou onde está, que irá determinar sua felicidade, mas o que você pensa sobre isto.


Tudo o que você tem depende da maneira como enxerga e valoriza. Se você tem amor e sobrevive nesta vida com dignidade, tem atitudes positivas e partilha com benevolência suas coisas, então você tem tudo!

sexta-feira, 27 de setembro de 2013

O Preguiçoso, A Raposa e o Tigre

Um homem andava por uma floresta, observando a beleza da natureza, quando se deparou com uma cena um tanto quanto inusitada. Em meio a uma pequena clareira havia uma raposa, deitada, e que pelo que dava a entender, tinha perdido as pernas em uma armadilha. Pelo alto grau de cicatrização, isso já devia ter acontecido já há algum tempo.
O que mais chamou a atenção do homem foi imaginar como é que aquela raposa fazia para conseguir comida, já que não havia a menor possibilidade de sair dali. E ela não aparentava estar passando fome. Pelo contrário, estava bem nutrida até. Curioso, o homem resolveu ficar por ali, escondido atrás de uma moita, até que conseguisse descobrir como aquilo era possível.
Algumas horas depois ele começou a ouvir, em volume crescente, o barulho de folhas sendo pisadas, junto a um rugido abafado… ele ficou quieto, enquanto o barulho foi crescendo, crescendo, até que a fera saiu do meio da mata, parando próxima à raposa, na clareira.
Era um grande tigre. E esse mesmo tigre trazia, pela boca, um pedaço de carne, algo que havia sobrado de uma caça, que já tinha saciado sua fome.
O homem ficou encantado quando o grande tigre deixou a carne cair próximo à raposa imobilizada, que começou a fazer a sua refeição. Isso bastou para que o começasse a imaginar:
- Como Deus é bom! Ele pensa em tudo! Que coisa mais interessante… Ele deu um jeito de fazer com que essa raposa não morresse de fome, mesmo ficando aí, parada o dia inteiro. Agora, se ele faz isso por um a raposa, o que não fará por mim então? Eu vou arrumar um cantinho e ficar parado também… Com certeza, ele vai me providenciar comida, água, dinheiro, enfim… Tudo aquilo que eu preciso e que mereço para viver bem.
E ali o homem ficou. Passou um dia. Dois. Três. No quarto dia, ele já estava faminto, fraco. No quinto dia, sua vista começou a embaçar e ele já não tinha mais força para nada. Até que uma forte luz ofuscou ainda mais a sua vista. E com ela veio uma voz, que ele percebeu ser a de deus.
Deus, então, falou mais ou menos assim pra ele:
“Ó Tu, que estas no caminho do erro, Abra os olhos para a verdade. Segue o exemplo do tigre e pare de imitar a raposa aleijada.”
LEIA PROVÉRBIOS CAPITULO 6 VERSÍCULO 6
6- Vai ter com a formiga, ó preguiçoso; olha para os seus caminhos, e sê sábio.
7- Pois ela, não tendo chefe, nem guarda, nem dominador,
8- Prepara no verão o seu pão; na sega ajunta o seu mantimento.
9- Ó preguiçoso, até quando ficarás deitado? Quando te levantarás do teu sono?
10- Um pouco a dormir, um pouco a tosquenejar; um pouco a repousar de braços cruzados;
11- Assim sobrevirá a tua pobreza como o meliante, e a tua necessidade como um homem armado.


quinta-feira, 26 de setembro de 2013

O Construtor de Muros

Ele era construtor de casas, porém, por um mero acaso, jamais havia construído um único muro em toda a sua vida. E isto acabou acontecendo em sua própria casa.
Ele e seu vizinho foram os primeiros a se mudar para aquele loteamento e, por anos, os únicos moradores daquele lugar. Tornaram-se mais que vizinhos, tornaram-se amigos. Não havia muro entre suas casas e as crianças brincavam livremente, tanto nos dois quintais quanto nos campos ao redor (ah! como a vida era simples e boa naquela época).
Porém, devido a uma discussão boba, ele decidiu que era hora de ter um pouco de privacidade e levantou aquele muro enorme.
Agora, cada vez que olhava para aquela parede fria, tentava se convencer que tinha sido melhor assim, mas, no fundo, jamais se acostumou com a nova “paisagem”. Tinha saudades, mas, as coisas nunca mais voltaram a ser como antes.
Anos depois, seu filho se casou e construiu uma casa nos fundos do quintal. No começo foi tudo bem, mas um dia ele brigou com sua nora e, mais uma vez, decidiu construir um muro, separando as duas residências, “só para evitar novas brigas”.
Por fim, acabou brigando feio com sua esposa e resolveu separar-se dela, mas, como não tinha aonde morar, decidiu dividir a sua casa em duas partes, mas, uma terrível solidão invadiu a sua alma e ele caiu de cama.
Sua esposa cuidou dele com tanto amor que as barreiras entre os dois logo se dissiparam. Então, ele mandou que retirassem as divisórias de dentro da sua casa. Voltaram a ser um casal, mas, ele não sarou.
Incentivado pela esposa, pediu que a nora viesse visitá-lo, pediu desculpas à moça e mandou que derrubassem aquele muro que a mantinha à distância. Voltaram a ser uma família unida. Sua saúde melhorou um pouco, mas ele ainda continuava doente.
Por fim, num esforço muito grande, com a ajuda da esposa, do filho e da nora, ele colocou uma escada sobre o primeiro muro que havia construído em sua vida, chamou seu amigo, pediu-lhe perdão e, ambos, com a voz embargada de emoção, resolveram derrubar o muro e, em seu lugar, plantar uma cerca-viva bem baixinha, para que eles e seus netos pudessem transitar e brincar livremente, como seus filhos faziam no passado.
Quando todos os muros foram derrubados, ele saiu da cama e voltou a viver.
Mas agora, em Cristo Jesus, vós, que antes estáveis longe, já pelo sangue de Cristo chegastes perto.
Efésios 2.13

quarta-feira, 25 de setembro de 2013

A criança que ensinou os adultos


A criança que ensinou os adultosA foto que rodou o mundo Protagonizada por Alejandro Rodríguez, o menino espanhol de cinco anos que se interpôs entre um técnico e um juiz que discutiam, muito irritados, virou um símbolo de paz.
O menino, futebolista pré-mirim, coloca suas pequeninas mãos nas barrigas adultas de cada um deles e reclama cordialidade, dizendo-lhes:
- Não discutam! Eu quero jogar!
A lição de moral dada por essa criança não precisa de explicações.
Uma mensagem contundente que o planeta comenta.
O pequeno futebolista de cinco anos nem sequer pensou no que ia fazer, quando decidiu separar o técnico e o juiz que discutiam, no meio do campo, durante o jogo do campeonato pré-mirim, em Las Palmas de Gran Canaria (Espanha).
O gesto desta criança foi o momento mais emocionante do jogo.
Muito aplaudido pelos que estava presenciando o encontro, que reconheciam, dessa maneira, o exemplo de esportividade dado pela criança.
A técnica do time conta que perguntou a seu jogador por que tinha feito aquilo e ele lhe respondeu, com toda simplicidade: “Para que não brigassem!”.
(Resumido do jornal “FARO DE VIGO” (ESPANHA) – 15/05/2013)
Jesus chamou uma criancinha, pô-la no meio deles e disse: “Se não se mudarem totalmente a direção das vossas vidas e se não se tornarem como criancinhas, jamais entrarão no reino dos céus.
Mateus 18:2-3

terça-feira, 24 de setembro de 2013

A miragem

Era uma vez homem que só via o mal em tudo o que os outros faziam.
Um dia, ele morreu, mas, quando chegou às portas do céu, um anjo informou-o de que precisava esperar algum tempo para se purificar, antes de ser autorizado a entrar.
O anjo o acompanhou a um lugar muito agradável onde já havia outras pessoas. Gostou do lugar e achou que não seria uma espera aborrecida.
Não tinha passado muito tempo quando reparou que tinha um companheiro que não largava do seu pé, e o seguia o tempo todo.
Era um cara chatérrimo, egoísta, pessimista, mal-humorado, critiqueiro, mal-agradecido e que só se sentia bem quando estava mal.
O homem, não o suportando mais, foi a um anjo e implorou:
- Por favor, livre-me da companhia desse sujeito. Eu já não aguento mais…
O anjo, entre admirado e compadecido, respondeu:
- Não é nenhum companheiro. É apenas um sistema de miragem, que faz com que cada um veja e conviva com a pessoa que ele formou de si mesmo.
—————————————————————


Eu gostaria de propor uma reflexão, pense em suas atitudes, será que você gostaria ter um amigo, ou uma companhia que agisse exatamente como você?
Foto: A Miragem

Era uma vez homem que só via o mal em tudo o que os outros faziam.
Um dia, ele morreu, mas, quando chegou às portas do céu, um anjo informou-o de que precisava esperar algum tempo para se purificar, antes de ser autorizado a entrar.
O anjo o acompanhou a um lugar muito agradável onde já havia outras pessoas. Gostou do lugar e achou que não seria uma espera aborrecida.
Não tinha passado muito tempo quando reparou que tinha um companheiro que não largava do seu pé, e o seguia o tempo todo.
Era um cara chatérrimo, egoísta, pessimista, mal-humorado, critiqueiro, mal-agradecido e que só se sentia bem quando estava mal.
O homem, não o suportando mais, foi a um anjo e implorou:
- Por favor, livre-me da companhia desse sujeito. Eu já não aguento mais…
O anjo, entre admirado e compadecido, respondeu:
- Não é nenhum companheiro. É apenas um sistema de miragem, que faz com que cada um veja e conviva com a pessoa que ele formou de si mesmo.
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Eu gostaria de propor uma reflexão, pense em suas atitudes, será que você gostaria ter um amigo, ou uma companhia que agisse exatamente como você?

segunda-feira, 23 de setembro de 2013

O Jumentinho

O jumentinho
Um jumentinho volta, muito feliz, para sua casa. Ao chegar, fala para sua mãe:
- Fui a uma cidade e quando lá cheguei fui aplaudido, a multidão gritava alegre, estendia seus mantos pelo chão, para que eu passasse sobre eles… Todos estavam contentes com minha presença.
Sua mãe perguntou-lhe se ele estava só e o burrinho disse:
- Não, estava levando um homem com o nome de Jesus.
Então sua mãe retrucou:
- Filho, volte a essa cidade, mas agora sozinho.
Então o burrinho respondeu:
- Quando eu tiver uma oportunidade, voltarei lá…
Retornou a essa cidade sozinho. Aconteceu tudo o contrário da outra vez. Os que passavam por ele o maltratavam, xingavam e até mesmo batiam nele. Voltando para sua casa, disse para sua mãe:
- Estou triste, pois nada aconteceu comigo. Nem palmas, nem mantos, nem alegria… Só apanhei, fui xingado e maltratado. Eles não me reconheceram, mamãe…
Indignado, o burrinho perguntou a sua mãe:
- Porque isso aconteceu comigo?
Sua mãe respondeu:
– Meu filho querido, você sem Jesus é só um jumento …

domingo, 22 de setembro de 2013

Os Dois pedidos!




O menino não ainda não tinha 10 anos. Seus cabelos claros cobriam-lhe a testa displicentemente. Seus olhos tinham uma expressão de viva curiosidade.
Aproximou-se da mãe e, sem cerimônia, questionou-a:
– Mamãe, o que você quer que eu seja quando crescer?
A mãe deixou os afazeres de lado e olhou demoradamente o pequeno.
– Por que a pergunta, meu bem? – devolveu o questionamento ao filho.
– Ah, mamãe! – disse suspirando – Hoje, na escola, meu amigo me disse que ele vai ser médico porque seu avô é médico e seu pai também. Então, fiquei pensando nisso. O que você e o papai querem que eu seja?
O rostinho do menino tinha um traço de apreensão.
– Meu querido – disse ela abraçando o garoto – Eu tenho apenas dois pedidos para lhe fazer. Quero que você seja correto e que seja feliz.
Beijou suavemente a testa do filho que, insatisfeito com a resposta, afastou-se para poder fitar a mãe diretamente.
– Não, mamãe! Qual profissão você quer que eu tenha quando crescer? – voltou à tona achando que não havia sido compreendido.
– A escolha da sua profissão, meu filho, cabe apenas a você. Isso não me compete, tampouco me causa maiores preocupações. O que eu quero de você é outra coisa. Ou melhor, como eu lhe disse, tenho apenas dois pedidos a lhe fazer. Vou repeti-los e explicá-los.
E continuando:
– Quero que você seja correto. Isso significa que espero que você escolha o caminho do bem sempre, mesmo que ele seja mais longo ou mais difícil. Que pense nas consequências dos seus atos, para você e também para os outros. Que não tema a verdade, nem a justiça. Ao contrário, que as busque sempre com serenidade e persistência.
Acrescentou ainda:
– O segundo pedido, que é tão importante quanto o primeiro, é que você seja feliz. Isso quer dizer que espero que, apesar das dificuldades da vida, você tenha sempre confiança em Deus. Que acredite na justiça divina e que jamais se entregue ao sofrimento. Que você tenha o coração cheio de amor e de coragem para seguir em frente, sempre.
A mãe acariciou o menino, afagando-lhe os cabelos com doçura e concluiu:
– Para mim, meu filho, o que interessa é como você vai ser e não o título que vai carregar.

sábado, 21 de setembro de 2013

Festa dos Tabernáculo (ou Sucot)


Sucot relembra os 40 anos de êxodo dos judeus no deserto após a sua saída do Egito. Nesse período o povo judeu não tinha terra própria, eram nômades e viviam em pequenas tendas ou cabanas frágeis e temporárias. Como forma de simbolizar este período, durante a celebração de Sucot, os judeus fazem suas refeições sob folhas e galhos ao ar livre, em uma sucá. A sucá deve ser erguida ao ar livre e ser constituída de palha ou folhagem, que possibilite ver o céu. Deve ter pelo menos 3 paredes as quais não devem estar pregadas ao teto. Além desta passagem pelo deserto, a sucá também simboliza todos os judeus que moram na diáspora, ou seja, fora de Israel.

Reunião de Pais na escola!




Em uma reunião de pais numa escola de periferia, a diretora incentivava o apoio que os pais deveriam dar aos filhos.
Colocava esta diretora também que os mesmos deveriam se fazer presentes para os filhos. Entendia ela que, embora sabendo que a maioria dos pais e mães daquela comunidade trabalhasse fora, deveriam achar um tempinho para se dedicar e atender às crianças.
A diretora ficou muito surpresa quando um pai se levantou e explicou, na sua maneira humilde, que ele não tinha tempo de falar com o filho, nem de vê-lo durante a semana, pois quando ele saía para trabalhar era muito cedo e o filho ainda estava dormindo, e quando voltava do trabalho o garoto já havia deitado, porque era muito tarde.
Explicou, ainda, que tinha de trabalhar assim para poder prover o sustento da sua família.
Porém, ele contou também que isso o deixava angustiado por não ter tempo para o filho, mas que tentava se redimir, indo beijá-lo todas as noites quando chegava em casa.
Para que o filho soubesse de sua presença, ele dava um nó na ponta do lençol que o cobria.
Isso acontecia, religiosamente, todas as noites quando ia beijá-lo.
Quando o filho acordava e via o nó, sabia através dele que o pai havia estado ali e o havia beijado. O nó era o elo de comunicação entre eles.
Mais surpresa ainda a diretora ficou quando constatou que o filho desse pai era um dos melhores alunos da sala.
Esta história faz-nos refletir sobre muitas maneiras de um pai ou uma mãe se fazer presente, de se comunicar com o filho.
Esse pai encontrou a maneira dele. E o mais importante: a criança percebe isso.
Nós nos preocupamos com os nossos filhos, mas é importante que eles sintam, que eles saibam disso.

Devemos nos exercitar nessa comunicação simbólica e encontrar cada um a sua própria maneira de mostrar não só aos filhos, mas aqueles que de uma forma ou de outra contam com o nosso amor e nossa presença!

Festa do Sucot




Por que construímos cabanas e celebramos dentro delas?

Biblicamente, o mandamento para celebrar dentro de cabanas, veio de Levítico, quando Deus disse a Moisés para dizer ao povo, "E no primeiro dia tendes de tomar para vós o fruto de árvores esplêndidas, as folhas de palmeiras e os galhos de árvores ramosas, e salgueiros da torrente" (Lev. 23:40), e "Morem em cabanas durante sete dias; todos os israelitas de nascimento morarão em cabanas, para que os vossos descendentes saibam que eu fiz os israelitas morarem em cabanas quando os tirei da terra do Egito" (Lev. 23:42-43).

Enquanto estamos na sucá, é normal compartilharmos uma refeição com a família e amigos. As regras para construir uma sucá são poucas; Ela pode ser feita de qualquer tipo de material e o telhado precisa ser feito de folhas de palmeira, fechado o suficiente para o abrigo, mas aberta o suficiente para ver as estrelas à noite. Também mantemos uma cidra (etrog) juntamente com o lulav (uma palmeira fechada amarrada de um salgueiro e ramos de murta) e recitarmos uma bênção sobre as espécies, lembrando-nos que se trata de mais um festival da colheita no qual agradecemos pela abundância.

O Sucot é um feriado tão alegre que incentiva a família, a união e a paz. Saiba mais sobre os costumes e a história desse feriado assistindo ao nosso vídeo especial "O que é Sucot?”

quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Os três conselhos



Um casal de jovens recém-casados era muito pobre e vivia de favores num sítio do interior.
Certo dia, o marido fez a seguinte proposta à esposa:
– Querida, vou sair de casa, viajar para bem longe, arrumar um emprego e trabalhar até ter condições para voltar e dar-te uma vida mais digna e confortável. Não sei quanto tempo vou ficar longe, só peço-lhe uma coisa: que você me espere e, enquanto estiver fora, seja fiel a mim, pois eu serei fiel a você.
Assim sendo, o jovem saiu. Andou muitos dias a pé, até que encontrou um fazendeiro que estava precisando de alguém para ajudá-lo em sua fazenda. O jovem chegou e ofereceu-se para trabalhar, no que foi aceito.
Pediu para fazer um pacto com o patrão, o que também foi aceito. O pacto era o seguinte:
– Deixe-me trabalhar pelo tempo que eu quiser e quando eu achar que devo ir, o senhor me dispensará de minhas obrigações. Eu não quero receber o meu salário. Peço-lhe que o coloque um uma poupança, até o dia em que eu for embora. No dia em que eu sair, o senhor me dará odinheiro e eu seguirei o meu caminho.
Tudo combinado. Aquele jovem trabalhou durante vinte anos, sem férias e sem descanso.
Depois de vinte anos, chegou ao patrão e lhe disse:
– Patrão, eu quero o meu dinheiro, pois estou voltando para a minha casa.
O patrão então lhe respondeu:
– Sem dúvida, afinal, fizemos um pacto e vou cumpri-lo. Só que antes desejo fazer-lhe uma proposta. Eu lhe dou todo o seu dinheiro e você vai embora, ou eu lhe concedo três conselhos e não lhe dou nenhum dinheiro, devendo você partir. Se eu lhe der o dinheiro eu não lhe dou os conselhos e se eu lhe der os conselhos eu não lhe dou o dinheiro. Vá para o seu quarto, pense e depois dê-me a resposta.
Ele pensou durante dois dias, procurou o patrão e disse-lhe:
– Quero os três conselhos.
O patrão novamente frisou:
– Se lhe der os conselhos, não lhe darei o dinheiro.
E o empregado respondeu:
– Quero os conselhos.
O patrão então lhe falou:
1. Nunca tome atalhos em sua vida. Caminhos mais curtos e desconhecidos podem custar-lhe a própria vida.
2. Nunca seja curioso para aquilo que é mal, pois a curiosidade pelo mal pode ser-lhe mortal.
3. Nunca tome decisões em momentos de ódio ou de dor, pois você poderá se arrepender e será tarde demais.
Após dar os conselhos, o patrão disse ao rapaz, que já não era tão jovem assim:
– Aqui você tem três pães, dois para você comer durante a viagem e o terceiro é para comer com sua esposa quando chegar a sua casa.
O homem, então, seguiu seu caminho de volta, depois de vinte anos longe de casa e da esposa que ele tanto amava.
Após o primeiro dia de viagem, encontrou um andarilho que o cumprimentou lhe perguntou:
– Para onde você vai?
Ele respondeu-lhe:
– Vou para um lugar muito distante que fica a mais de 20 dias de caminhada por esta estrada.
O andarilho disse-lhe então:
– Rapaz, este caminho é muito longo, eu conheço um atalho que é perfeito e você chegará em poucos dias.
O rapaz, contente, começou a seguir pelo atalho, quando lembrou-se do primeiro conselho. Então, voltou e seguiu o caminho normal.
Dias depois, soube que o atalho levava a uma emboscada.
Depois de alguns dias de viagem, cansado ao extremo, achou uma pensão à beira da estrada, onde pôde hospedar-se.
Pagou a diária e após tomar um banho deitou-se para dormir.
De madrugada, acordou assustado com um grito estarrecedor. Levantou-se de sobressalto e dirigiu-se à porta para ir até o local do grito. Quando estava abrindo a porta, lembrou-se do segundo conselho. Voltou, deitou-se e dormiu.
Ao amanhecer, após tomar seu café, o dono da hospedagem perguntou-lhe se ele não havia ouvido um grito ao que ele disse que ouvira. O hospedeiro disse-lhe:
– E você não ficou curioso?
Ele lhe disse que não, no que o hospedeiro respondeu-lhe:
– Você é o primeiro hóspede a sair vivo daqui, pois meu filho tem crises de loucura. Grita durante a noite e quando o hospede sai, mata-o e enterra-o no quintal.
O rapaz prosseguiu na sua longa jornada, ansioso por chegar em sua casa.
Depois de muitos dias e noites de caminhada, já ao entardecer, viu entre as árvores a fumaça de sua casinha, andou e logo viu entre os arbustos a silhueta de sua esposa. Estava anoitecendo, mas ele pôde ver que ela não estava só.
Andou mais um pouco e viu que ela tinha entre as pernas, um homem a quem estava acariciando os cabelos.
Quando viu aquela cena, seu coração se encheu de ódio e amargura e decidiu-se a correr de encontro aos dois e matá-los sem piedade.
Respirou fundo, apressou os passos, quando lembrou-se do terceiro conselho. Então, parou, refletiu e decidiu dormir aquela noite ali mesmo e no dia seguinte tomar uma decisão.
Ao amanhecer, já mais calmo, pensou consigo: “Não vou matar minha esposa e nem o seu amante. Vou voltar para o meu patrão e pedir-lhe que ele me aceite de volta. Mas antes, quero dizer a minha esposa que eu sempre fui fiel a ela”.
Dirigiu-se à porta da casa e bateu. Quando a esposa abriu a porta e o reconheceu, atirou-se ao seu pescoço, abraçando-o afetuosamente.
Ele tentou afastá-la, mas não conseguiu. Então, com lágrimas nos olhos, ele lhe disse:
– Eu fui fiel a você e você me traiu.
Ela, espantada, responde-lhe:
– Como? Eu nunca te trai! Esperei-te durante esses vinte anos!
Ele, então, perguntou-lhe:
– E aquele homem que você estava acariciando ontem ao entardecer?
Ela lhe disse:
– Aquele homem é nosso filho. Quando você foi embora, descobri que estava grávida. Hoje ele está com 20 anos de idade.
Então, o marido entrou, conheceu, abraçou seu filho e contou-lhes toda a sua história, enquanto a esposa preparava o café. Sentaram-se para tomá-lo e comer juntos o último pão.
Após a oração de agradecimento, com lágrimas de emoção, ele partiu o pão e, ao abri-lo, encontrou todo o seu dinheiro, o pagamento por seus 20 anos de dedicação e trabalho.
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Muitas vezes achamos que um atalho “queima etapas” e nos faz chegar mais rápido, o que nem sempre é verdade…
Muitas vezes somos curiosos, queremos saber de coisas que nem ao menos nos dizem respeito e que nada de bom nos acrescentará…
Outras vezes, agimos por impulso, na hora da raiva, e fatalmente nos arrependemos depois…
Espero que você não se esqueça desses três conselhos e não se esqueça também de CONFIAR, mesmo que a vida, muitas vezes, já tenha lhe dado motivos para a desconfiança.
 

quarta-feira, 18 de setembro de 2013

A Embalagem de Deus


                       

Um jovem estava para se formar.

Já há muitos meses ele vinha admirando um lindo carro esporte.

Sabendo que seu pai podia muito bem arcar com aquela despesa, ele disse ao pai que o carro era tudo o que ele desejava.

Como o dia da formatura estava próximo, o jovem esperava sinais de que seu pai tivesse comprado o carro.

Finalmente, na manhã da formatura, o pai o chamou e disse quão orgulhoso se sentia por ter um filho tão bom e disse a ele o quanto o amava.

Então entregou ao filho uma caixa de presente, lindamente embalada.

Curioso e, de certa forma desapontado, o jovem abriu a caixa e encontrou uma Bíblia de capa de couro com o nome dele gravado em ouro.

Irado, ele levantou a sua voz para o pai e disse: "Com todo o dinheiro que você tem, você me dá uma Bíblia?" E violentamente saiu de casa.

Muitos anos se passaram, e o jovem tornou-se um homem de sucesso nos negócios.


Ele tinha uma linda casa e uma família bonita, mas certo dia percebeu que seu pai já estava idoso e resolveu visitá-lo.

Ele não via o pai desde o dia da formatura.

Antes de terminar os preparativos para a viagem, recebeu um telegrama informando que seu pai havia falecido e deixado todas as suas posses em testamento para o filho.

Ele precisava imediatamente ir à casa do pai e cuidar de tudo.

Quando lá chegou, sentiu um misto de tristeza e arrependimento preencher o seu coração.


Estava remexendo os documentos e papéis do pai quando viu a Bíblia, ainda nova, exatamente como ele havia deixado anos atrás.


Com lágrimas, ele abriu a Bíblia e começou a virar as páginas.

Seu pai havia sublinhado cuidadosamente o versículo de Mateus 7.11: "Se vós, pois, sendo maus, sabeis dar boas coisas aos vossos filhos, quanto mais vosso Pai, que está nos céus, dará bens aos que lhes pedirem?"


Enquanto lia, uma chave de carro caiu da Bíblia.


Ela tinha uma etiqueta com o nome da revendedora, a mesma que tinha o carro esporte que ele tanto desejava.

Na etiqueta constava ao data da formatura, e as palavras:
"Totalmente pago."

Quantas vezes nós perdemos as bênçãos de Deus porque elas não vêm "embaladas" como nós esperamos!



A Graça e a Paz de Cristo Jesus


hoje a partir das 19:45 culto ao vivo nos links

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terça-feira, 17 de setembro de 2013

Passava do meio dia, o cheiro de pão quente invadia aquela rua, um sol escaldante convidava a todos para um refresco. Ricardinho não agüentou o cheiro bom do pão e falou:

- Pai, tô com fome!!!

O pai, Agenor , sem ter um tostão no bolso, caminhando desde muito cedo em busca de um trabalho, olha com os olhos marejados para o filho e pede mais um pouco de paciência...

- Mas pai, desde ontem não comemos nada, eu tô com muita fome, pai!!!

Envergonhado, triste e humilhado em seu coração de pai, Agenor pede para o filho aguardar na calçada enquanto entra na padaria a sua frente...

Ao entrar dirige-se a um homem no balcão:

- Meu senhor, estou com meu filho de apenas 6 anos na porta, com muita fome, não tenho nenhum tostão, pois sai cedo para buscar um emprego e nada encontrei, eu lhe peço que em nome de Jesus me forneça um pão para que eu possa matar a fome desse menino, em troca posso varrer o chão de seu estabelecimento, lavar os pratos e copos, ou outro serviço que o senhor precisar!!!

Amaro , o dono da padaria estranha aquele homem de semblante calmo e sofrido, pedir comida em troca de trabalho e pede para que ele chame o filho...

Agenor pega o filho pela mão e apresenta-o a Amaro, que imediatamente pede que os dois sentem-se junto ao balcão, onde manda servir dois pratos de comida do famoso PF (Prato Feito) - arroz, feijão, bife e ovo...

Para Ricardinho era um sonho, comer após tantas horas na rua...

Para Agenor , uma dor a mais, já que comer aquela comidamaravilhosa fazia-o lembrar-se da esposa e mais dois filhos que ficaram em casa apenas com um punhado de fubá...

Grossas lágrimas desciam dos seus olhos já na primeira garfada...

A satisfação de ver seu filho devorando aquele prato simples como se fosse um manjar dos deuses, e lembrança de sua pequena família em casa, foi demais para seu coração tão cansado de mais de 2 anos de desemprego, humilhações e necessidades...

Amaro se aproxima de Agenor e percebendo a sua emoção, brinca para relaxar:

- Ô Maria!!! Sua comida deve estar muito ruim... Olha o meu amigo está até chorando de tristeza desse
bife, será que é sola de sapato?!?!

Imediatamente, Agenor sorri e diz que nunca comeu comida tão apetitosa, e que agradecia a Deus por ter esse prazer...

Amaro pede então que ele sossegue seu coração, que almoçasse em paz e depois conversariam sobre trabalho...

Mais confiante, Agenor enxuga as lágrimas e começa a almoçar, já que sua fome já estava nas costas...

Após o almoço, Amaro convida Agenor para uma conversa nos fundos da padaria, onde havia um pequeno escritório...

Agenor conta então que há mais de 2 anos havia perdido o emprego e desde então, sem uma especialidade profissional, sem estudos, ele estava vivendo de pequenos 'biscates aqui e acolá', mas que há 2 meses não recebia nada... 

Amaro resolve então contratar Agenor para serviços gerais na padaria, e penalizado, faz para o homem uma cesta básica com alimentos para pelo menos 15 dias...

Agenor com lágrimas nos olhos agradece a confiança daquele homem e marca para o dia seguinte seu início no trabalho...

Ao chegar em casa com toda aquela 'fartura', Agenor é um novo homem sentia esperanças, sentia que sua vida iria tomar novo impulso...

Deus estava lhe abrindo mais do que uma porta, era toda uma esperança de dias melhores...

No dia seguinte, às 5 da manhã, Agenor estava na porta da padaria ansioso para iniciar seu novo trabalho...

Amaro chega logo em seguida e sorri para aquele homem que nem ele sabia porque estava ajudando...

Tinham a mesma idade, 32 anos, e histórias diferentes, mas algo dentro dele chamava-o para ajudar aquela pessoa...

E, ele não se enganou - durante um ano, Agenor foi o mais dedicado trabalhador daquele estabelecimento, sempre honesto e extremamente zeloso com seus deveres...

Um dia, Amaro chama Agenor para uma conversa e fala da escola que abriu vagas para a alfabetização de adultos um quarteirão acima da padaria, e que ele fazia questão que Agenor fosse estudar...

Agenor nunca esqueceu seu primeiro dia de aula: a mão trêmula nas primeiras letras e a emoção da primeira carta...

Doze anos se passam desde aquele primeiro dia de aula...

Vamos encontrar o Dr. Agenor Baptista de Medeiros , advogado, abrindo seu escritório para seu cliente, e depois outro, e depois mais outro....

Ao meio dia ele desce para um café na padaria do amigo Amaro, que fica impressionado em ver o 'antigo funcionário' tão elegante em seu primeiro terno....

Mais dez anos se passam, e agora o Dr. Agenor Baptista, já com uma clientela que mistura os mais necessitados que não podem pagar, e os mais abastados que o pagam muito bem, resolve criar uma Instituição que oferece aos desvalidos da sorte, que andam pelas ruas, pessoas desempregadas e carentes de todos os tipos, um prato de comida diariamente na hora do almoço...

Mais de 200 refeições são servidas diariamente naquele lugar que é administrado pelo seu filho , o agora nutricionista Ricardo Baptista...

Tudo mudou, tudo passou, mas a amizade daqueles dois homens, Amaro e Agenor impressionava a todos que conheciam um pouco da história de cada um...

Contam que aos 82 anos os dois faleceram no mesmo dia, quase que a mesma hora, morrendo placidamente com um sorriso de dever cumprido...

Ricardinho, o filho mandou gravar na frente da 'Casa do Caminho', que seu pai fundou com tanto carinho:

'Um dia eu tive fome, e você me alimentou. Um dia eu estava sem esperanças e você me deu um caminho. Um dia acordei sozinho, e você me deu Deus, e isso não tem preço... Que Deus habite em seu coração e alimente sua alma. E, que te sobre o pão da misericórdia para estender a quem precisar!!!

segunda-feira, 16 de setembro de 2013

A Espada, o Falcão e o Cálice

Conta a lenda que certa manhã o guerreiro mongol Gengis Khan e sua corte saíram para caçar.
Enquanto seus companheiros levavam flechas e arcos, Gengis Khan carregava seu falcão favorito no braço, que era melhor e mais preciso que qualquer flecha, pois podia subir aos céus e ver tudo aquilo que o ser humano não conseguia enxergar.
Entretanto, apesar de todo o entusiasmo do grupo, não conseguiram encontrar nada.
Decepcionado, Gengis Khan voltou para seu acampamento. Mas, para não descarregar sua frustração em seus companheiros, separou-se da comitiva e resolveu caminhar sozinho.
Tinham permanecido na floresta mais tempo que o esperado e Gengis Khan estava cansado e com sede.
Por causa do calor do verão, os riachos estavam secos. Não conseguia encontrar nada para beber até que, enfim, avistou um fio de água descendo de um rochedo à sua frente.
Na mesma hora, retirou o falcão do seu braço, pegou o pequeno cálice de prata que sempre carregava consigo, demorou um longo tempo para enchê-lo e, quando estava prestes a levá-lo aos lábios, o falcão levantou voo e arrancou o copo de suas mãos, atirando-o longe.
Gengis Khan ficou furioso, mas era seu animal favorito, talvez estivesse também com sede. Apanhou o cálice, limpou a poeira e tornou a enchê-lo. Após outro tanto de tempo, com a sede apertando cada vez mais e com o cálice já pela metade, o falcão de novo atacou-o, derramando o líquido.
Gengis Khan adorava seu animal, mas sabia que não podia deixar-se desrespeitar em nenhuma circunstância, já que alguém podia estar assistindo à cena de longe e mais tarde contaria aos seus guerreiros que o grande conquistador era incapaz de domar uma simples ave.
Desta vez, tirou a espada da cintura, pegou o cálice, recomeçou a enchê-lo. Manteve um olho na fonte e outro no falcão. Assim que viu ter água suficiente e quando estava pronto para beber, o falcão de novo levantou voo e veio em sua direção. Gengis Khan, em um golpe certeiro, atravessou o seu peito do falcão, matando-o.
Retomou o trabalho de encher o cálice. Mas o fio de água havia secado.
Decidido a beber de qualquer maneira, subiu o rochedo em busca da fonte. Para sua surpresa, havia realmente uma poça de água e, no meio dela, morta, uma das serpentes mais venenosas da região.
Se tivesse bebido a água, já não estaria mais no mundo dos vivos.
Gengis Khan voltou ao acampamento com o falcão morto em seus braços.
Mandou fazer uma reprodução em ouro da ave e gravou em uma das asas: “Mesmo quando um amigo faz algo que você não gosta, ele continua sendo seu amigo”.
Na outra asa: “Qualquer ação motivada pela fúria é uma ação condenada ao fracasso”.
Nem sempre o que parece ser, realmente é